sábado, 8 de agosto de 2009

De museu, só o nome


É apaixonante uma visita ao Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, do ladinho da Estação da Luz. Você desembarca do trem do metrô e se depara com um mundo das palavras, sons, gestos. A interatividade é a grande sacada desse espaço. Minha primeira visita foi em 2007 e foi paixão à primeira vista. Fiquei fascinada e encantada com os três andares da construção da língua portuguesa, sua histórias, manifestações e autores que fizeram dela, um meio de comunicação. Nesta época, escrevi no meu antigo blog mais detalhes sobre o espaço. Se quiser conferir no link, à vontade.



No momento, a Exposição Temporária, abriga "O Francês no Brasil em Todos os Sentidos". A exposição bem moderna e que recorre à fotografias, tecnologia, sons e videos, é uma das manifestações oficiais espalhadas pelo País do Ano na França no Brasil. Até o dia 11 de outubro é possível imergir neste cenário que envolve São Paulo e Paris, visitando o balé, a gastronomia, a modacultura popular e literatura.



A mescla entre as culturas francesa e brasileira, muitas vezes despercebida no nosso dia a dia, nem nos faz pensar que palavras como sabotagem tiveram origem naquele país. Ao som de Caetano Veloso, o ambiente que explica as greves iniciadas pelos trabalhadores franceses nas fábricas, apresenta que eles jogavam sapatos nas máquinas, com o objetivo de paralisá-las e consequentemente, prejudicar a produção. Daí a palavra sabotagem, de sapatos...


Em tempos de festas juninas, o balancê e todos os passos referentes à dança de casais, também remetem ao balé, cultura francesa. É um passeio que vale a pena, além dos demais andares, que abrigam as exposições fixas. No túnel do tempo, podemos assistir videos como esse abaixo. O último, que chama a atenção ao comparar a língua culta com a informal. Qual delas é a ideal? Para falar, tanto importa qual. E segundo este professor, não é a literatura que nos faz escrever melhor, e sim, os meios de comunicação, são os grandes responsáveis pela alfabetização e padronização da língua, em paralelo ao período estudantil.


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