sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Naílson não é o vendedor de balas

Uma semana depois de ter conhecido o menino que vendia balas no Mercado Público de Florianópolis, o reencontro. Estava numa banca do camelódromo e uma voz por trás me chama: "Tia, quer comprar bala?". Reconheço a frase e me viro. Quando nos olhamos, a minha surpresa se junta com o constrangimento do menino que tem como rotina, vender balas de banana. A tia havia alegado, que era apenas no período de férias, para que ele pudesse comprar os presentes de Natal.

Mas, já era 2009, quando Naílson me oferecia novamente os doces. Pergunto-lhe o nome novamente. Agora, já é Rafael. Ele olha para frente sério, com vergonha. Fala pouco, não há o que falar, somente a vender. O menino que vende balas não tem nome nem sonhos, somente uma caixa de sapatos que lhe serve para conquistar algumas coisas materiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário