terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Homem Aranha está em Florianópolis

Quem passava pela rua Felipe Schimidt hoje no centro de Florianópolis parava para ver o show do Homem Aranha. Falando alto e mostrando o boneco de borracha de 9 cm que faz escaladas na parede, Antônio Eduardo, 41, vendia o seu produto. "Homem Aranha, homem aranha, ele pula, não arranha", chama o vendedor autônomo.

Há 10 anos, Edu -Homem Aranha- ganha a vida vendendo o super-herói. Cada um custa R$ 2,00 e a mercadoria vem do Paraguai. Ele conta que um amigo lhe traz a encomenda, pois não compensa fazer as viagens. Pergunto-lhe se ele tem outra renda, quanto tira por mês com as vendas. E ele me diz que não pode revelar, mas que vive dos pequenos bonecos. Hoje, ele só vende o Homem Aranha.
O boneco Willi -do segredo invisível- foi seu primeiro produto, com quem ganhou as ruas e diz que aquele era diferente, pois deixava as pessoas instigadas. "Tinha um truque e só revelava para quem comprava".

Em 20 minutos de trabalho, ponto em frente a uma loja de CD's, uns 10 bonecos foram parar nas mãos de crianças ou de pais, que levariam para presentear alguém. Todos que param, compram. E quem não para porque tem pressa, quebra o pescoço para assistir de graça o show do vendedor-artista.

Assista um pedacinho do show


Quem é o Homem Aranha?

 src=Natural de Minas Gerais, Antônio Eduardo estudou até a 8ª série e conta que trabalhava como taxista em sua cidade, Montes Claros. "Tenho dom de trabalhar na rua, de ser comediante, as pessoas sempre me falavam". O vendedor-artista afirma que ganha bem mais como autônomo.

Segundo Edu -Homem Aranha-, um dia em 1999 foi é a exceção. "Vendi apenas R$ 1 real e fui embora". Isso nunca tinha acontecido com o vendedor de super-heroís. "Mas, no outro dia voltei e vendi R$ 100 reais".

Além de MG e SC, Edu já levou o Homem Aranha para Bahia, Paraná e SP, onde tem residência fixa e a mulher lhe espera. "Vim pra Florianópolis agora por causa da temporada e depois volto para levar dinheiro para a mulher, se não ela não me deixa entrar", brinca o vendedor.

A entrevista termina, Edu -Homem Aranha- volta ao trabalho. Em segundos as atenções voltam para ele. "O show continua pessoal, homem aranha, homem aranha..."


(Para quem quiser encontrar o vendedor-artista na internet, no orkut seu nome é Homem Aranha 41. Pelo telefone: 48 8802-3416 e 48 8822-5105)

4 comentários:

  1. Minha flor, parabéns sua iniciativa de contar as histórias de pessoas que não notícia. Para mim, particulamente, essas são as melhores histórias. Sugiro, se puderes, entrevistar o galhudo lá do centro. Aquele que anda com um megafone, sabe?

    Super beijo!

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  2. Oi, Amanda, beleza de idéia.
    Qdo eu fazia jornalismo na ufisqui a gente tinha um jornal (Futio, indispensável) e tínhamos uma coluna chamada 'Gente quié pípou' onde eram feitos perfis de gente 'famosa' q não era tão famosa assim. Uma vendedora de loteria, um funcionário da Celesc q colecionava fotos com famosos. Uma pá de gente interessantíssima fora da mídia. Gostei, POsso te linkat lá no xinelão?
    bju

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  3. eu tinha um bixo desse quando eu era pequena

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